História e Tradição
O Champagne, os Espumantes e Proseccos são consumidos em qualquer época
do ano, porém nas festas de final de ano o consumo destas bebidas se intensifica.
Com a aproximação dos brindes em torno das celebrações, festejos e comemorações,
a dica é sobre o Sabre. Apesar de algumas pessoas não gostarem do ritual, a técnica
não deixa de ser interessante.
A tradição napoleônica que sobrevive em nossos dias, encanta e aumenta
o charme de uma comemoração. Sabragem vem do francês sabrage,
iniciado no termo sabreur, aquele que bem maneja ou luta com o sabre.
A arma branca, provavelmente originária da Hungria, onde é conhecida
como száblya, tem também origem polonesa reivindicada e certa influência russa,
fez história num ritual.
O general francês, provável pioneiro na Sabragem de garrafas de Champagnes
a degola da garrafa com o sabre costumava dizer que “a história é uma versão
do passado, na qual decide-se acreditar”. Há muito tempo se sabe que Napoleão
era grande apreciador de vinhos, e que os Champagnes eram seus preferidos.
Assíduo freqüentador da cidade de Epernay, epicentro dos vinhos borbulhantes,
ganhou de Jean-Rémy Moët, então dono da Moët & Chandon, casas e estadas
para sua tropa.
As primeiras sabragens teriam surgido no século 18, em clima de euforia,
com Napoleão retornando de alguma batalha vitoriosa, afinal, para ele, esse
vinho era “merecido nas vitórias e necessário nas derrotas”. Versões mais
românticas indicam que, na verdade, o general e seus soldados eram tomados
pela pressa de namorar suas mulheres, depois de tanto tempo apartados pelas batalhas, e que, para não demorar tanto nas comemorações, encontraram uma
forma mais prática e rápida de abrir as garrafas.
Como prêmio pela proteção de suas terras, Madame Clicquot
(Veuve Clicquot-Ponsardin) teria dado as primeiras garrafas de Champagne
a Napoleão e seus soldados. Bem humorada versão diz que o general,
não tendo como segurar uma garrafa e o copo, jogou o copo claro!,
tomou do sabre e abriu a garrafa, com as costas da espada,
a parte sem fio de corte da arma.
Já fiz isso inúmeras vezes, sempre com uma platéia diferente e surpresa. Porém na última, com uma garrafa de Mum demi-sec (não fui eu que comprei, só bebo brut ou extra-dry) não abriu de jeito nenhum. Nem uma das duas garrafas. Alguém poderia me explicar por quê?
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